SÉRIE: CONTOS DE CORNOS [002]

     

"Arrumamos um Fixo e Deu Tudo Errado"

Somos um casal liberal, bi e bem resolvido sexualmente. Já estamos na casa dos 50 anos e o que vou relatar aconteceu há uns 4 anos atrás e nos serviu de lição. Eu sempre conversava com minha esposa e dizia a ela o seguinte: “amor eu queria encontrar um cara que topasse comer casal. Para comer você e eu juntos. Eu o traria para morar aqui em casa, sustentava ele de boa. Ele não precisaria trabalhar nem fazer nada em casa. Desde que não faltasse rola pra ninguém. O pau dele seria só nosso e em troca você e o meu dinheiro seria dele e eu daria vida boa para ele. Todo mundo ganharia com isso, né amor? Ela sorria e dizia: até eu queria muito um homem assim, amor, mas isso jamais daria certo. Mas cuidado... pois de tanto você pedir uma coisa, pois um dia ela acontece e foi assim que numa festa liberal na casa de um casal amigo conhecemos o Rodrigo, um jovem single de uns 24 anos, bonito, bem-dotado, bi e com uma pegada excelente que não só a minha esposa adorou, mas as outras esposas que estavam na festinha também ficaram extasiadas com ele. Em um bate papo com ele nos contou que era estudante de artes cênicas, morava sozinho e fazia uns bicos dançando como gogo boy em algumas boates no Largo do Arouche e na Augusta. Depois desse dia saímos com ele mais umas duas vezes, até que me deu aquela vontade de chamá-lo para ficar com a gente por um tempo e aquele meu desejo de ter um comedor exclusivo morando com a gente aflorou de tal forma o meu tesão, que já não me deixava mais pensar com a razão. Conversamos bastante em casa sobre esse meu desejo, a minha esposa a princípio relutou, mas como ela gostava muito do pau do Rodrigo acabou por ceder e em menos de 3 meses depois do nosso primeiro encontro ele já estava morando conosco. A nossa primeira dificuldade foi explicar para a nossa empregada se ele era parente ou amigo e resolvemos dizer que ele era filho de um casal amigo que a tempos não víamos, até aí, tudo bem! Os primeiros finais de semana foram muito gostosos, pois ele e a minha esposa se pegavam a qualquer hora na piscina, no sofá, na cozinha e treparam muito na nossa cama e estava gostoso demais ver aquele macho andar pelado pela minha casa pegando, sarrando e namorando a minha mulher a qualquer momento e claro me deixando chupá-lo, e também me comendo do jeito que eu gosto, claro e eu tive com ele os melhores orgasmos de minha vida. Mas como todos os começos são flores, assim foi conosco e o Rodrigo! Depois de um mês e pouco; os finais de semanas que tínhamos para ficarmos juntos os 3, ele preferia ir para a noitada sozinho, chegava tarde, acordava lá pelas 14 horas, não estava estudando coisa nenhuma, (depois descobrimos isso também) passou a tratar mal a nossa empregada e começou a trazer amigos dele para usar a piscina durante a semana, na nossa ausência. Sem contar que sempre estava nos pedindo dinheiro e a minha sorte é que eu não tinha dado a ele um adicional do cartão de crédito que eu havia pedido para ele, mas a sua mudança de comportamento, fez minha esposa falar comigo sobre isso e pedir para não entregar e esperar um pouco mais, se não fosse isso o estrago estaria feito, pois o limite era acima dos 10 mil reais. Quando a empregada veio nos falar sobre a forma desrespeitosa que ele a estava tratando, ela também nos falou sobre a desconfiança de que ele estivesse usando drogas e sobre o tipo de amigos que ele trazia para a nossa casa, inclusive por isso ela estava querendo nos deixar e para piorar ele já tinha falado para ela que ele não era filho de um casal amigo nada e que era sim o amante de minha esposa e ela nos relatou isso de uma forma assustada e incrédula. E foi aí que eu vi a besteira que havia feito em nome do meu tesão e resolvi pedir que ele deixasse a nossa casa. Não foi fácil pois ele queria ser indenizado pelo tempo que ficou conosco, quis partir para a agressão física, mas ele viu que comigo não seria fácil para ele, tentou nos chantagear e foi embora nos ameaçando. Tivemos que trocar todas as fechaduras da casa, e todos os números de telefones para que cessassem as ameaças e mesmo assim o medo era constante quando chegávamos e quando saíamos de casa. Aquilo que eu achava que seria o ápice do meu prazer, na verdade foi a minha maior dor de cabeça e decepção, não que viver esse tipo de relacionamento dê sempre errado, mas é que eu não soube escolher a pessoa e agi por puro tesão e não pela razão.

 Ângelo Cardoso – São Caetano do Sul - SP