SWING: UM ESTILO DE VIDA

É o estilo de vida onde a mulher e o homem são um casal liberal com as mesmas liberdades sexuais e direito de opinião. Na prática o swing é muito dinâmico, porque há várias formas de realizar as suas fantasias sem sair do círculo e nem ferir as normas. A mulher e o homem podem fazer sexo com uma pessoa solteira (o single); ou então pode ser os dois e outro casal; pode ser também o casal e vários singles; ou podem juntar-se a dois, ou mais casais e convidar um ou mais single’s para interagirem sexualmente de forma consensual. O casal ainda pode fazer um evento de swing em sua casa, ou na de amigos do meio, (festa liberal) ou em motéis, (um encontro liberal). Tem locais específico para a prática desse estilo de vida, e são conhecidos como “casas ou os clubes de swing”. Também existe as baladas liberais, (festas em um local onde vão casais liberais e casais não liberais). Dentro de uma casa de swing pode rolar de tudo; sexualmente falando. Tem cuckold que leva a esposa nestas casas para fazê-lo de corno, e lá também pode rolar ménage, troca de casal, suruba, gang bang e o glory hole. Eu considero cada uma dessas práticas, uma vertente do swing, e para completar ainda temos o dogging que é uma espécie bacanal ao ar livre e com espectadores.

                                                                                        

A ETMOLOGIA DO TERMO SWING

Swing é uma palavra inglesa derivada de “swinging” que significa oscilar, girar ou balançar. Existe a especulação de que esse termo se fez através das pregações de um pastor que ao condenar a promiscuidade e traição de determinados membros de sua igreja; dizia que alguns deles estavam a se “balançar de cama em cama!” O swing é um estilo de vida muito abrangente pois ele é formado por várias práticas sexuais e fetiches, dentre elas é possível citar o exibicionismo, o voyeurismo, ménage à trois, soft swing, hard swing etc. chega a ser conhecido como “umbrella lifestyle”, ou um “estilo de vida guarda-chuva”, pois para ele converge vários tipos de fantasias e fetiches sexuais, fazendo-o dinâmico, eclético e prazeroso.

                                                                                        

SWING: A FAMOSA TROCA DE CASAL

A troca de casal é o carimbo no passaporte do casal no swing. Ela tem dois níveis (o soft – suave) que pode ser feita no mesmo ambiente e sem penetração, ou seja, os homens trocam de mulheres, e vai acontecer somente uns amassos, beijos e talvez um oral, mas nada de penetração. Mas não se desespere porque há a troca de casal no nível (hard – duro) onde um poderá ficar com a mulher do outro, no mesmo ambiente ou em ambientes separados e com direito a tudo, indo desde os beijos até o sexo total, ou seja, o oral, vaginal e anal. A troca de casal também pode ir além da cama. É possível trocar de mulher para irem a uma balada, aonde a sua mulher poderá andar de mãos dadas, dançar, namorar e no final da noite ir para a cama com o marido da mulher que você levará para a sua casa ou um motel; os casais podem fazer isso também em uma viagem em que as mulheres podem trocar de maridos pelo tempo que quiserem. Longe de conhecidos os casais trocados poderão ir à piscina do hotel, passear pela cidade, ir à praia os quatro, mas com os parceiros trocados; podem até se reunirem para fazer sexo os quatro, mas dormem em quartos separados, uma com o marido da outra e podem fazer isso também num final de semana em casas separadas, podendo a sua mulher ir passar o final de semana com o amigo de vocês; e a mulher dele vindo para a sua casa. Isso é possível, apenas quando há consensualidade e muita afinidade entre os quatro. A troca de casal constrói boas e duradouras amizades, mas é necessário ter cuidado para não cair em golpes, pois nesse meio não há somente pessoas de boa índole. Tem sim, casais que se aproveitam da amizade e boa-fé, para lesar financeiramente quem os põe na conta de melhores amigos.

                                                                                    

COMO SURGIU O SWING NO BRASIL

Entre os anos 1969 e 1970 começou a aparecer, no Rio de Janeiro, anúncios em alguns jornais publicado por casais que buscavam parceiros para troca de casais. Para alguns parecia ser a continuação do movimento hippie, do sexo livre ou faça amor, não faça guerra, o certo é que uma nova atividade sexual estava se iniciando no país. Por ser uma prática onde a mulher tinha os mesmos direitos que o homem; a troca de casais, (que já vinha ganhando espaço nas américas) logo chamou a atenção de algumas revistas masculinas como: Ele Ela, Peteca e Playboy que passaram a fazer reportagens sobre esse tema e a dar espaço para a divulgação dos anúncios e assim logo conquistaram um público bastante interessado no assunto. Mais tarde as revistas Private, Brazil Sex Magazine e Abusada passaram a dedicar-se quase que exclusivamente a esse tema e só pararam com suas publicações depois do boom da internet e do advento das redes sociais.

                                                                                     

COMO SURGIU O SWINGO NO MUNDO

É difícil estabelecer uma data exata para o surgimento e a origem do swing, inicialmente conhecido como troca de esposas, (ou wife swapping) mas a vertente mais alardeada nesse sentido é a de que o swing nasceu no decorrer da 2ª Guerra Mundial exatamente em uma comunidade de pilotos da força aérea americana. Afirma-se que quando um deles morria, os outros casais acolhiam a viúva dando-lhe apoio emocional, financeiro e sexual. Acredita-se que por ser enorme o número de pilotos que morriam em batalha eles resolveram fazer entre si esse pacto de amizade e intimidade para que as viúvas não ficassem sozinhas e desamparadas. Há também aqueles que juram que tudo começou a acontecer nos clubes das chaves (Key’s Clubes) onde os militares californianos se reuniam nos anos 50. Conta-se que nestes tais encontros as chaves dos carros eram colocadas todas juntas e as mulheres faziam uma fila e passavam e pegavam aleatoriamente, uma chave cada. Com isso ela estava escolhendo o parceiro sexual dela naquela noite, pois o dono da chave era o escolhido. Outra teoria que alguns pesquisadores do assunto têm é de que esse estilo de vida surgiu com a volta dos soldados que serviram na guerra, destacando aqueles que fizeram a ocupação pós-guerra. Para estes pesquisadores; os soldados durante a sua estadia longe de casa adquiriram experiências e atitudes sexuais diferentes daquelas que os homens americanos de qualquer geração anterior conhecia e isso alterou a sua visão de ética e sexualidade. Para eles que durante a guerra aprenderam a dividir suas mulheres com os colegas, ao retornarem, não viam nenhum crime ou vergonha em dividi-las com outros homens. Eis aí mais uma possibilidade de realmente o swing ter nascido entre os militares. Imagina-se que o grande perigo envolvido na atividade e a baixa expectativa de vida podem ter incentivado os soldados e suas mulheres a um estilo de vida que priorizasse o prazer e desafiasse os tabus sexuais daquela época.

                                                                                       

O SWING EM PORTUGAL

Conta-se com muita propriedade que o swing teria surgido em Portugal ali por 1961. Diz-se que um português que havia imigrado para os EUA, casou-se com uma americana e voltou ao seu país, e adquiriu uma pequena fazendo às margens do rio Minho. Contam as más línguas que o casal querendo sair do tédio, aproximou-se dos dois casais vizinhos e passaram a dar algumas festas entre eles. Dizem que as festas foram ficando cada vez mais animada e o casal que já levara essa prática consigo, acabou dando a ideia da troca de esposas e foi aí que surgiu o primeiro swing em terras lusitanas. Falam ainda que não demorou nada para que as tórridas festas ganhassem notoriedade e adeptos pelo norte do país e que depois da Revolução do Cravo, a prática do swing foi se espalhando com o fluxo de famílias e trabalhadores que viviam naquela região e se deslocaram para o resto do país.

Franco Donasc