O CORNO E O CINTO DE CASTIDADE

A história do cinto de castidade vem de longe. Alguns registros indicam que ele foi mencionado pela primeira vez no século XVI. Contudo, mesmo nessa época, seu uso era extremamente raro. A sua verdadeira popularização ocorreu durante o reino da rainha Vitória que foi marcado por um rígido moralismo social e sexual, e uma pressão acentuada da igreja. Com o aval de alguns médicos esse artefato se transformou em um instrumento com a finalidade de coibir todas as manifestações de luxúria, inclusive a masturbação. Posteriormente foi usado com a intenção de impedir relações sexuais ilícitas, (sobretudo a infidelidade conjugal) proteger mulheres de ataques sexuais em tempo de guerra, ao fazerem viagens longas e para preservar a virgindade das donzelas até o casamento. Hoje, a castidade tornou-se acessório imperativo no BDSM e em alguns casamentos cuckold. Claro que é usada consensualmente entre os parceiros, para aumentar o prazer, demonstrar poder e explorar a submissão daqueles que se submetem a tal condição. O uso desta peça não tem apenas a função de prender o pênis para que o homem não sinta ereção e prazer; ele tem em si um poder psicológico muito grande que intensifica a ansiedade naquele que está preso e por consequência amplifica as expectativas sobre o prazer sexual que virá a sentir quando for solto. Existem hoje cintos de todos os tamanhos e modelos, para todos os gostos, ou seja, para homens e mulheres e feitos com vários tipos de materiais indo desde o plástico cirúrgico, latão, aço inox e silicone. Os seus fabricantes afirmam que as peças são confortáveis e seguras. Ao submeter-se ao cinto de castidade, a pessoa presa, entrega o mando de sua liberdade sexual à sua parceira, e esta assume sobre ele todo o poder de decidir quando vai deixá-lo se tocar, participar da transa ou gozar. O uso deste instrumento causa na pessoa dominadora uma sensação de poder muito grande, à medida que no dominado vem-lhe a sensação de fragilidade, mas não ache que isso é frustrante ou desestimulador, não, isso causa nos dois um colossal prazer. O cinto de castidade ainda é usado no BDSM e no cuckold como castigo ou recompensa, claro que dentro do acordo feito entre o casal. Isso porque este acessório erótico deve ser usado de forma consensual e que cada um analise os riscos que correrá, pré acordando limites com palavras de segurança e não pensando apenas no prazer de uma das partes. Use com sensatez, segurança e consentimento mútuo para que o prazer ser completo, intenso e saudável, porque aplicado de forma errônea ele pode machucar, infeccionar e causar doenças provenientes da falta de higiene.

Franco Donasc