FILOSOFIA DE CORNO [002]

Tem gente que gosta de tomar uns tapas quando faz sexo? Tem! Outros que gostam de trepar com pessoas fardadas, ou em locais públicos e alguns que apreciam receber jatos de urina na cara? Tem tudo isso e um pouco mais! Pois é, ser cuckold não é diferente de nenhum desses e de centenas de outras taras que existem nas alcovas e porões morais das mais recatadas e renomadas famílias do mundo! O fetiche de ser cuckold (ser corno submisso) é igual a tantos outros que já permearam, permeiam e ainda irão permear a mente e a cama da sociedade, indo desde os barracos mais pobres até as suítes presidenciais, e leitos das realezas; de ontem, de hoje e dos tempos vindouros! Enquanto houver seres humanos na terra haverá fetiches e fantasias sexuais, pois essa é a mais pura e autêntica manifestação do ser selvagem que habita dentro de cada um de nós. Por isso... entenda que o desejo de ser corno submisso é apenas um ato sexual onde o marido se excita muito ao ver sua mulher na cama com outro homem ou então sente imenso prazer ao ficar sabendo disso. Não há nisso nada de perversão, nada de doença mental, nada de complexidade interiorizada ou mesmo falta de caráter, o que há é apenas uma forma diferente de sentir prazer. A grande maioria de todos os homens que existem, que já existiram ou que ainda vão existir se excita só em imaginar a sua mulher com outro, mas isso em geral é reprimido por eles, seja por remorso, questões religiosas ou sociais e o medo do que os outros irão falar e pensar a seu respeito. Porém entre tanto medo e hipocrisia, há aqueles que têm esse desejo em si, bem mais aflorado e estes vencem os seus medos e fantasmas e dão vazão à prática do cuckoldismo, aceitando ser cornos submissos de suas esposas e vão tirando dessa prática a sua realização sexual, sem que isso fira a sua masculinidade nem afete o seu caráter e muito menos a sua personalidade.

Franco Donasc